Assistentes Virtuais Emocionais Crescem e Acendem Sinal de Alerta

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Foto: Divulgação

Empresas de tecnologia intensificam a oferta de assistentes virtuais com recursos de interação emocional, capazes de simular afeto, manter diálogos profundos e se adaptar às preferências dos usuários. O Brasil já conta com mais de 140 unidades de pesquisa focadas em inteligência artificial, principalmente nos estados do Nordeste e Sudeste.

Novas plataformas permitem criar avatares digitais que imitam parceiros ideais, levando em consideração aparência, interesses e personalidade. Os modelos mais sofisticados incluem algoritmos que interpretam sentimentos e oferecem respostas empáticas em tempo real, além de possibilidade de configurar gênero e orientação sexual da companhia virtual.

Apesar da expansão comercial, estudos indicam que cerca de 40% dos jovens adultos já formam vínculos afetivos com chatbots. A liberação de dopamina durante interações repetidas reforça essa conexão e levanta alerta sobre a dependência emocional. Psicólogos apontam risco de substituição gradual dos vínculos reais por relações digitais, com consequências para o bem-estar psicológico.

A dependência pode ser agravada por quadros de vulnerabilidade emocional, como depressão ou isolamento. Especialistas alertam que o uso excessivo de IA como suporte afetivo pode reforçar padrões de evasão social e dificultar o desenvolvimento de habilidades interpessoais.

O Ministério da Saúde acompanha as discussões internacionais e avalia incluir orientações específicas sobre relações com inteligências artificiais em campanhas de prevenção da solidão crônica e promoção da saúde mental.

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