O presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, foi oficialmente tornado réu pela Justiça de São Paulo no chamado Caso VaideBet, após denúncia apresentada pelo Ministério Público. Ele é acusado de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro, junto com os ex-diretores Marcelo Mariano, Sérgio Moura e o empresário Alex Cassundé.
Reação e defesa
Em nota oficial, Augusto Melo afirmou que “todas as acusações contra ele são falsas” e classificou o processo como “ilegal e repleto de nulidades e abusos”. Ele também solicitou o fim do sigilo judicial para que a torcida tenha acesso aos documentos da ação.
A defesa alega que houve:
- Acesso indevido a dados do Coaf sem autorização judicial
- Interferência da Polícia Civil e do MP estadual em um caso que, segundo os advogados, deveria ser tratado pela Polícia Federal e pelo MPF, por envolver contrato internacional
- Falta de clareza e objetividade na denúncia, que teria dificultado o exercício da ampla defesa
Contexto da denúncia
O Caso VaideBet envolve suspeitas de irregularidades no contrato de patrocínio firmado entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet, avaliado em R$ 370 milhões. Segundo o MP, parte dos valores pagos como comissão teria passado por empresas fantasmas e sido desviada para agências ligadas ao financiamento da campanha eleitoral de Melo, com suposta conexão com o PCC.
Próximos passos
Com a denúncia aceita, o processo criminal seguirá com:
- Audiências
- Depoimentos
- Produção de provas
- E, ao final, a decisão judicial sobre os réus