Bolsa de estudante de medicina é suspensa após ostentação incompatível com declaração de renda

2 Min de leitura
Bolsista de Goiás publicava viagens nas redes sociais — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Tribunal de Justiça de Goiás manteve a suspensão da bolsa de estudos de uma estudante de medicina que fazia parte do programa municipal de auxílio acadêmico em Anápolis. A medida foi tomada após investigações apontarem que a beneficiária ostentava viagens internacionais e rotina de alto padrão em redes sociais, contrariando a declaração de baixa renda apresentada para obtenção do benefício.

De acordo com os autos, a estudante alegava morar com o avô e ter renda familiar equivalente a três salários mínimos. Entretanto, foram identificadas inconsistências patrimoniais dos familiares: a mãe atua como advogada, recebe salários como servidora estadual e tem empresa registrada em seu nome; o pai é sócio de uma imobiliária; e o próprio avô consta como titular de empresa com capital social de R$ 100 mil.

O valor acumulado da dívida estudantil com a universidade particular supera R$ 47 mil, referente a mensalidades de fevereiro a junho de 2025. Inicialmente, a Justiça autorizou a rematrícula da estudante sem o pagamento, mas voltou atrás após surgirem indícios públicos de incompatibilidade entre o estilo de vida e os critérios exigidos pelo programa social.

Além de negar o pedido, o juiz solicitou que a estudante comprove os requisitos legais do benefício sob risco de enquadramento por litigância de má-fé, o que pode acarretar multa de até 10% sobre o valor corrigido da causa.

Compartilhar