O novo acordo comercial firmado pelo presidente Donald Trump com o Japão está sendo interpretado como um revés para montadoras norte-americanas como Ford e General Motors (GM), que operam fábricas no México e no Canadá. Embora o pacto tenha sido anunciado como uma vitória econômica, ele favorece diretamente as montadoras japonesas, ao reduzir tarifas de importação para veículos e peças.
Impacto nas montadoras dos EUA
- O acordo estabelece tarifa de 15% sobre veículos japoneses, abaixo dos 25% aplicados a veículos vindos do México e Canadá
- Isso torna mais barato importar carros do Japão do que de fábricas da Ford e GM na América do Norte
- A medida reduz incentivos para que montadoras japonesas instalem fábricas nos EUA, enquanto empresas americanas enfrentam custos mais altos para importar seus próprios veículos
Reação do mercado
Empresa | Variação nas ações |
---|---|
Toyota | +14,3% |
Honda | +11,2% |
Nissan | +8,28% |
Ford | +0,3% |
GM | +2,5% |
- Ações japonesas dispararam em Tóquio após o anúncio do acordo
- Ford e GM tiveram alta modesta no pré-mercado de Nova York, com investidores cautelosos
- A GM se recupera parcialmente após queda de 8,1% no dia anterior, mesmo com lucro trimestral acima do esperado
Conteúdo do acordo
- Japão investirá US$ 550 bilhões nos EUA, com 90% dos lucros destinados aos americanos
- O país asiático abrirá seu mercado para carros, caminhões, arroz e produtos agrícolas dos EUA
- O acordo substitui a tarifa de 25% que entraria em vigor em 1º de agosto
Análise estratégica
Especialistas apontam que o pacto pode:
- Desestimular a produção local por montadoras japonesas nos EUA
- Aumentar a complexidade tarifária para investidores e fabricantes
- Reforçar a competitividade das marcas japonesas no mercado americano