A Agência Nacional de Mineração (ANM) elevou para nível 2 o grau de emergência da Barragem B1-A, localizada em Brumadinho, no estado de Minas Gerais. A medida tem caráter preventivo, com foco na retirada segura de dez famílias que vivem nas proximidades, especificamente na comunidade de Quéias, na região do Vale do Ingá.
Segundo a ANM, a barragem apresenta condições de estabilidade marginal, o que exige ações de precaução. A estrutura é operada pela empresa Emicon Mineração e Terraplenagem e não possui relação com a barragem da mineradora Vale, que rompeu em 2019 provocando 280 mortes. O volume da barragem B1-A é de aproximadamente 914,5 mil metros cúbicos, bem inferior ao da tragédia anterior, que envolveu 12 milhões de m³.
A Prefeitura de Brumadinho informou que a evacuação será realizada de forma organizada e sem urgência imediata. A expectativa é que o processo dure cerca de cinco dias, com início previsto para sexta-feira (25). Ao todo, seis famílias serão realocadas preventivamente, das quais apenas uma requer apoio público para moradia.
Para coordenar as ações, o município criou a Comissão Estratégica Municipal (CEM). Também está prevista uma reunião entre os moradores e a Defesa Civil de Brumadinho nesta quinta-feira (24). A Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (AVABRUM) manifestou preocupação diante da nova situação.
De acordo com a classificação da ANM, o nível 2 de emergência exige evacuação preventiva. Apenas o nível 3 representa risco real de rompimento. Até o momento, não há indicação de rompimento iminente na barragem B1-A, segundo o órgão regulador.