Governo anuncia R$ 1,17 bilhão para escolas quilombolas e indígenas

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (24) um investimento de R$ 1,17 bilhão na construção de 249 escolas destinadas a comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas. A iniciativa faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem como objetivo ampliar o acesso à educação em áreas historicamente excluídas.

Além das novas escolas, o governo realiza 22 obras emergenciais nos territórios Yanomami e Ye’Kwana, incluindo unidades escolares e centros de formação para professores. As ações buscam enfrentar desafios estruturais que afetam diretamente a qualidade do ensino nessas regiões.

Foi assinada a portaria de implementação da Política Nacional de Educação Escolar Indígena, voltada à organização do ensino em Territórios Etnoeducacionais. O plano leva em conta aspectos culturais, sociais, históricos, ambientais e linguísticos de cada povo.

Segundo a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, as escolas indígenas enfrentam sérias carências: 26% não têm esgoto, 27% não possuem água potável, 90% não têm biblioteca e 78% dos professores são temporários. Ela também destacou que a taxa de analfabetismo entre indígenas (15%) é o dobro da média nacional (7%).

O plano inclui a criação do Campus Quilombo Minas Novas, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), como parte da expansão de 102 novos institutos federais. Também foi oficializada a Política Nacional de Educação do Campo, das Águas e das Florestas, com foco em ampliar a oferta e permanência de estudantes da zona rural.

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