O Brasil manteve sua posição de destaque no mercado de fusões e aquisições da América Latina durante o primeiro semestre de 2025. De acordo com dados da Aon, TTR Data e Datasite, foram realizadas 827 transações, movimentando cerca de US$ 25,6 bilhões em capital.
Em comparação com o mesmo período de 2024, o país registrou crescimento de 1% no volume e 12% no valor financeiro das transações. A Argentina e a Colômbia também apresentaram avanços, enquanto outros países da região enfrentaram retrações.
No total, foram contabilizadas 1.338 transações na América Latina entre janeiro e junho de 2025, totalizando US$ 43,8 bilhões em capital. Apesar da queda de 6% no número de operações, houve alta de 7% no volume financeiro. Especialistas atribuem a redução ao cenário global de incerteza, influenciado por tensões geopolíticas, tarifas comerciais e ciclos eleitorais.
O segmento de private equity registrou 69 operações, movimentando US$ 4,6 bilhões, com quedas de 36% em volume e 56% em valor. Já o venture capital teve 258 transações, totalizando US$ 1,9 bilhão, retrações de 25% em volume e 27% em valor, respectivamente.
O Chile foi o segundo país mais ativo, com 155 transações, mas enfrentou queda de 56% no capital mobilizado. O México realizou 121 operações, somando US$ 6,8 bilhões. A Argentina teve alta de 14% no volume e 62% no valor, enquanto a Colômbia aumentou 14% em capital, apesar de queda de 31% nas operações. O Peru registrou retração em ambos os indicadores.
Empresas da América Latina efetuaram 44 aquisições na Europa e 41 na América do Norte. Investidores estrangeiros também mantêm interesse na região, com destaque para Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia. A maior operação do período foi a aquisição da totalidade da Despegar (Decolar.com) pela multinacional Prosus, avaliada em US$ 1,7 bilhão.