Ex-assessor de Bolsonaro admite plano para matar Lula

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General da reserva Mario Fernandes Foto: Marcelo Camargo / Ag. Brasil

O general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro, confessou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ser o autor do plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

Em depoimento ao STF, Fernandes revelou ter redigido o documento dentro do Palácio do Planalto e ordenado a impressão de seis cópias, que teriam sido posteriormente destruídas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) descreveu o plano como parte de uma articulação golpista.

Segundo informações da PGR, o plano incluía monitoramento de Moraes com o objetivo de sequestrá-lo e assassiná-lo. Fernandes admitiu sua participação na redação da proposta, classificando-a como um “pensamento digitalizado”, que não teria sido compartilhado com outros envolvidos.

O general também foi identificado como integrante do “núcleo 2” da articulação golpista. Ele confessou ter elaborado uma minuta para um gabinete de crise, supostamente liderado pelo general Braga Netto, com o objetivo de facilitar a implantação de um golpe. Fernandes afirmou ter visitado entre cinco e sete vezes acampamentos golpistas em frente a quartéis após as eleições de 2022.

Durante essas visitas, Fernandes sugeriu aos generais Augusto Heleno e Braga Netto a realização de uma audiência pública no Congresso Nacional para denunciar supostas fraudes eleitorais. Preso desde novembro de 2024, ele prestou depoimento por videoconferência ao juiz auxiliar Rafael Janela Tamai Rocha, do gabinete de Moraes.

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