O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (28) os interrogatórios de militares e um agente da Polícia Federal acusados de participação em um plano de sequestro e execução de autoridades brasileiras. Os alvos da suposta conspiração eram o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A investigação faz parte da terceira fase da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionada à tentativa de golpe após as eleições de 2022. Segundo a Polícia Federal, os acusados planejavam ações contra a ordem democrática, incitando militares a aderirem ao esquema.
Entre os envolvidos estão coronéis, tenentes-coronéis e um general das Forças Especiais do Exército conhecidos como “kids pretos”. O coronel Fabrício Bastos é apontado como articulador do grupo, tendo atuado no Centro de Inteligência do Exército. O agente da PF Wladimir Soares teria repassado dados sigilosos sobre a posse presidencial.
Mensagens interceptadas indicam que o grupo chegou a colocar em prática a chamada “Operação Copa 2022”, com foco no sequestro de Alexandre de Moraes. A ação foi interrompida antes de ser concluída. Outra operação, “Punhal Verde e Amarelo”, previa a execução dos três líderes.
Entre os depoentes estão Bernardo Romão Corrêa Netto, Sérgio Cavaliere de Medeiros, Ronald Araújo Jr., Márcio Nunes Júnior, Rafael Martins, Hélio Lima, Rodrigo Azevedo, Estevam Theophilo e Wladimir Soares. Há indícios de pressão interna entre militares para obter adesão ao plano.
