Dívida Pública Federal ultrapassa R$ 7,88 trilhões em junho, aponta Tesouro Nacional

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REUTERS/Bruno Domingos
REUTERS/Bruno Domingos

A dívida bruta do governo federal atingiu R$ 7,883 trilhões em junho, alta de 2,77% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Tesouro Nacional.

O estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) cresceu 2,99%, passando de R$ 7,361 trilhões em maio para R$ 7,581 trilhões em junho. Esse avanço se deve à emissão líquida de R$ 154,62 bilhões e à apropriação de juros, que somaram R$ 65,13 bilhões.

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Já a Dívida Pública Federal Externa (DPFe) registrou queda de 2,28%, encerrando o mês em R$ 302,12 bilhões (US$ 55,36 bilhões). Deste total, R$ 250,84 bilhões (US$ 45,97 bilhões) correspondem à dívida mobiliária, enquanto R$ 51,28 bilhões (US$ 9,40 bilhões) são relativos à dívida contratual.

Impacto econômico e confiança internacional

A evolução da dívida pública tem reflexos diretos sobre as taxas de juros, crescimento econômico, inflação, emprego e renda. Além disso, influencia decisões de agências de classificação de risco sobre a credibilidade do país para receber investimentos. A busca do Brasil pela retomada do grau de investimento passa pelo respeito às regras fiscais — sinal claro do compromisso com o equilíbrio das contas públicas.

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Composição da dívida

A participação dos títulos atrelados à taxa flutuante recuou de 48,25% para 48,16%, enquanto os indexados a índices de preços caíram de 26,64% para 26,45%. Por outro lado, os títulos prefixados subiram de 21,10% para 21,57%, indicando preferência do Tesouro por papéis de custo fixo.

Os papéis vinculados ao câmbio também tiveram queda — de 4,02% para 3,82% — evidenciando o perfil cada vez mais doméstico da dívida pública. Mais de 91% da dívida externa está denominada em dólar.

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Custo médio da dívida

O custo médio da Dívida Pública Federal acumulado em 12 meses caiu de 11,73% ao ano em maio para 11,41% em junho. No entanto, a DPMFi apresentou aumento no custo médio, que passou de 11,55% para 11,70% ao ano.

Já na DPFe, houve forte redução no custo — de 15,41% para 4,41% ao ano — motivada principalmente pela desvalorização de 4,41% do dólar frente ao real em junho deste ano, contrastando com a valorização de 6,05% registrada no mesmo mês de 2024.

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