Brasil terá maior tarifa entre países afetados por medida dos EUA

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Imagem: Shutterstock

O governo dos Estados Unidos adiou para 7 de agosto a entrada em vigor do pacote de tarifas sobre importações de 68 países e da União Europeia. O Brasil será o mais atingido, com uma taxa total de 50% sobre diversos produtos. A medida foi oficializada por duas ordens executivas assinadas pelo presidente Donald Trump nos dias 30 e 31 de julho.

Segundo estimativas da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), cerca de 35,9% das exportações brasileiras serão afetadas pela nova tarifa. Em 2024, essas exportações somaram US$ 14,5 bilhões, o equivalente a R$ 81,2 bilhões. A medida representa um impacto significativo para o comércio bilateral entre os dois países.

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Apesar da tarifa elevada, 694 produtos brasileiros foram isentados da sobretaxa de 40%. Entre os itens excluídos estão suco de laranja, castanha-do-Pará, petróleo, minério de ferro e peças de aviação civil. Esses produtos representaram 45% das vendas brasileiras aos EUA em 2024, totalizando US$ 18 bilhões (R$ 100,8 bilhões).

Além da nova medida, 19,5% das exportações brasileiras já estão sujeitas a tarifas específicas aplicadas a todos os países, como as previstas na Seção 232 de segurança nacional. Esses produtos, que incluem autopeças, são taxados em 25% independentemente da origem e não foram incluídos no novo pacote tarifário.

Com a soma das tarifas, o Brasil terá a maior taxa entre os países atingidos, superando Síria (41%), Laos (40%) e Myanmar (40%). O Canadá também foi alvo de um decreto separado, que elevou suas tarifas de 25% para 35%, sob justificativa de falhas no combate ao tráfico de drogas.

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