Após o ministro Alexandre de Moraes ser incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos, colegas do Supremo Tribunal Federal (STF) redigiram uma carta em apoio ao magistrado. No entanto, nem todos os ministros assinaram o documento, evidenciando divergências internas na Corte. Moraes já havia se referido aos EUA como “inimigo estrangeiro”, declaração que gerou desconforto entre os demais integrantes do tribunal.
Na tentativa de demonstrar unidade institucional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ministros do STF para um jantar no Palácio da Alvorada, realizado na quinta-feira (31). A iniciativa partiu do ministro Luís Roberto Barroso. Dos 11 ministros, apenas seis compareceram: Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Barroso. Os ausentes foram André Mendonça, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques.
A inclusão de Moraes na lista de sanções americanas provocou reações no Brasil. Lula manifestou apoio público ao ministro, enquanto aliados e opositores se posicionaram de forma divergente. A medida dos EUA foi interpretada como uma crítica à atuação de Moraes em processos envolvendo temas sensíveis, como segurança institucional e liberdade de expressão.
