A deputada licenciada Carla Zambelli está detida desde 29 de julho na penitenciária Germana Stefanini, localizada no Complexo Penitenciário de Rebibbia, em Roma. A decisão de mantê-la na unidade foi tomada após audiência de custódia realizada em 1º de agosto. Zambelli fugiu para a Itália após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O presídio feminino Germana Stefanini é o maior da Itália e abriga atualmente 371 mulheres, apesar de sua capacidade ser de 272, segundo dados do Ministério da Justiça italiano. A unidade também sofre com déficit de funcionários: são 181 agentes penitenciários em atividade, enquanto o ideal seria 214. Há também carência de membros da administração e educadores.
Construída na década de 1950, a penitenciária inicialmente abrigava jovens infratoras e foi administrada por freiras até 1979. Hoje, possui duas alas grandes e quatro menores, além de áreas verdes e uma fazenda onde algumas detentas trabalham. A maior ala, chamada “Camerotti”, abriga mulheres em regime geral, como Zambelli. Cada andar possui 12 celas com quatro camas e banheiros separados. Os chuveiros são compartilhados por andar.
A unidade conta com médico de plantão 24 horas por dia e atendimento psiquiátrico semanal. Também dispõe de dois campos esportivos, teatro, salas de aula, creche e biblioteca.
As visitas precisam ser autorizadas pela diretora da prisão e só são permitidas mediante justificativa. Detentas que aguardam julgamento devem apresentar alvará judicial. Advogados devem agendar presencialmente os encontros, que ocorrem apenas pela manhã. Ligações telefônicas são feitas com cartões adquiridos internamente. Cada presa pode receber até quatro pacotes mensais, com restrições específicas para roupas e alimentos.