A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) interrompeu sua licença-maternidade para se juntar a parlamentares bolsonaristas que ocupam o plenário da Câmara dos Deputados. O grupo pressiona pela votação de pautas como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Durante a ocupação, Zanatta levou seu filho de quatro meses ao plenário e sentou-se na cadeira da presidência com o bebê no colo. A ação foi interpretada como uma tentativa de evitar medidas mais enérgicas por parte da Polícia Legislativa, que foi acionada para desobstruir o espaço.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou sessão presencial para a noite de quarta-feira (6) e informou que parlamentares que resistirem fisicamente à retomada terão seus mandatos suspensos por seis meses. A medida foi apoiada por líderes partidários, incluindo Lindbergh Farias (PT-RJ), que afirmou que não haverá negociação sobre a pauta de anistia.
No Senado, oposicionistas acampam em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e exigem a votação de três propostas, incluindo o impeachment de Moraes. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), classificou a ação como chantagem e afirmou que não abrirá mão de suas prerrogativas.
Além da anistia e do impeachment, os parlamentares bolsonaristas defendem a votação de uma proposta de emenda à Constituição que extingue o foro privilegiado. A medida retiraria do STF a competência para julgar Bolsonaro e outros réus envolvidos na tentativa de golpe.
