A China estuda implementar exigências ambientais mais rigorosas para a importação de carne bovina brasileira, em linha com padrões semelhantes aos adotados pela União Europeia. A medida pode impactar diretamente o setor agropecuário nacional, que tem no país asiático seu principal mercado consumidor.
Durante evento sobre meio ambiente e clima realizado em São Paulo, representantes do setor indicaram que autoridades chinesas demonstraram interesse em adotar critérios que exigem comprovação de origem livre de desmatamento. A proposta segue a tendência global de maior controle sobre cadeias produtivas associadas a impactos ambientais.
A legislação europeia, usada como referência, determina que produtos como carne, couro, soja e café só podem entrar no bloco se forem provenientes de áreas que não sofreram desmatamento após 2020. Caso a China adote medidas semelhantes, exportadores brasileiros terão de reforçar mecanismos de rastreabilidade e conformidade ambiental.
O movimento reflete uma pressão crescente sobre países produtores para se adequarem a padrões sustentáveis, com potencial de redefinir práticas comerciais e políticas públicas voltadas ao uso da terra e preservação de biomas.