Minério de ferro dispara após suspensão de atividades da Rio Tinto em Simandou

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REUTERS/David Gray
REUTERS/David Gray

Os contratos futuros de minério de ferro registraram forte alta nesta segunda-feira (25), alcançando o maior valor em uma semana, após a Rio Tinto suspender as operações em seu projeto Simandou, na Guiné, devido a um incidente fatal. A paralisação aumentou os temores de atrasos na produção da mina, considerada uma das maiores fontes emergentes do insumo siderúrgico.

Na Bolsa de Dalian, na China, o contrato mais negociado subiu 2,27%, encerrando o dia a 787 iuanes (US$ 110,06) por tonelada métrica — o maior valor desde 14 de agosto. Já na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência para setembro avançou 2,69%, cotado a US$ 103,3 por tonelada.

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 Acidente em Simandou e impacto no mercado

A Rio Tinto, maior produtora mundial de minério de ferro, informou no sábado que suspendeu as atividades na mina SimFer, após a morte de um trabalhador terceirizado. A empresa é responsável por dois dos quatro blocos de mineração em Simandou, por meio de uma joint venture com a Chalco Iron Ore Holdings (CIOH), da China, e o governo da Guiné. O primeiro carregamento estava previsto para novembro, mas o cronograma pode ser afetado.

A mineradora não respondeu aos pedidos de comentário da imprensa internacional.

 Oferta pressionada e demanda firme

Apesar das restrições de produção em Tangshan, principal polo siderúrgico da China, a demanda de curto prazo por minério de ferro se manteve firme. A produção média diária de metal quente, indicador-chave de consumo do insumo, permaneceu estável em 2,41 milhões de toneladas na semana encerrada em 21 de agosto, segundo dados da consultoria Mysteel.

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Um analista de carvão baseado em Xangai afirmou, sob anonimato, que o acidente pode levar a verificações de segurança mais rigorosas, o que tende a reduzir a oferta e sustentar os preços do minério e do carvão.

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