Justiça argentina faz buscas em caso de propina envolvendo irmã de Milei

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Mídia argentina na porta da Agência Nacional de Deficiência (Andis), em Buenos Aires, durante o cumprimento de mandados de busca — Foto: JUAN MABROMATA / AFP

A Justiça da Argentina realizou nesta sexta-feira (29) uma operação de busca e apreensão em escritórios ligados ao suposto esquema de propina envolvendo Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei. Os mandados foram cumpridos na sede da Agência Nacional de Deficiência (Andis) e na distribuidora Suiza Argentina, ambas localizadas em Buenos Aires.

A ação ocorre após o vazamento de áudios atribuídos ao ex-diretor da Andis, Diego Spagnuolo, nos quais ele afirma que Karina recebia pagamentos indevidos relacionados à compra de medicamentos pela agência. Spagnuolo foi exonerado um dia após a divulgação das gravações e declarou que havia informado o presidente sobre o esquema.

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Durante a operação, agentes encontraram Emmanuel Kovalivker, irmão de um dos proprietários da distribuidora, tentando deixar o local com US$ 266 mil em espécie, armazenados em envelopes. A polícia apreendeu o valor e segue investigando a origem dos recursos.

Karina Milei ocupa o cargo de secretária-geral da Presidência e ainda não se pronunciou sobre o caso. Javier Milei negou as acusações e afirmou que processará Spagnuolo por calúnia. O presidente classificou o episódio como uma “farsa eleitoral” e acusou a oposição de manipular informações às vésperas das eleições legislativas nacionais, marcadas para outubro.

Também é citado na denúncia Eduardo “Lule” Menem, assessor direto de Karina e sobrinho do ex-presidente Carlos Menem. Até o momento, não há registros de prisões, mas o Ministério Público argentino acompanha o caso e poderá apresentar denúncia formal nas próximas semanas.

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