O governo dos Estados Unidos enviou sete navios de guerra, um submarino nuclear e aviões espiões para a costa da Venezuela, sob o argumento de combater o tráfico de drogas. A operação mobiliza cerca de 4.500 militares e inclui esquadrões anfíbios com capacidade para desembarque terrestre. A movimentação militar, iniciada em agosto, provocou reação imediata do governo de Nicolás Maduro, que classificou a ação como “ameaça gravíssima” e solicitou intervenção da ONU.
A Casa Branca não confirmou os objetivos da operação, mas fontes próximas ao presidente Donald Trump indicam que ele solicitou um “menu de opções” sobre ações contra o regime chavista. Entre as hipóteses discutidas estão ataques aéreos contra instalações ligadas ao narcotráfico e o uso de drones contra autoridades venezuelanas.
A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, mantém alianças estratégicas com China, Rússia e Irã. Esses países reconheceram a reeleição de Maduro em 2024, apesar de questionamentos internacionais sobre a legitimidade do pleito. Analistas apontam que a presença militar americana também funciona como recado geopolítico para potências rivais.
Internamente, o governo venezuelano mobilizou 4,5 milhões de milicianos e reforçou a fronteira com a Colômbia. Maduro apareceu fardado em visita a tropas e afirmou que o país está “preparado para defender sua soberania”. A infraestrutura militar da Venezuela, no entanto, é considerada limitada frente ao poder bélico dos Estados Unidos.
A operação ocorre em meio à classificação do Cartel de los Soles como organização terrorista, o que permite aos EUA empregar forças armadas contra o grupo. A recompensa oferecida por informações que levem à captura de Maduro chega a US$ 50 milhões.