A fabricante de tintas Suvinil foi adquirida pela norte-americana Sherwin-Williams por US$ 1,15 bilhão, o equivalente a R$ 6,25 bilhões. A operação inclui as duas fábricas da marca no Brasil, localizadas em São Bernardo do Campo (SP) e Jaboatão dos Guararapes (PE), além da marca Glasu! e cerca de mil funcionários. O negócio foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sem restrições.
Fundada em 1961 por Olócio Bueno, a Suvinil surgiu da junção das palavras “Super” — nome de sua antiga marca de tintas automotivas — e “Vinil”, em referência às tintas vinílicas à base de látex. A primeira unidade foi instalada no ABC Paulista, região que concentrava forte atividade industrial.
Em 1969, a empresa foi incorporada pela multinacional alemã BASF, que manteve o controle da marca por mais de cinco décadas. Durante esse período, a Suvinil consolidou sua liderança no mercado de tintas imobiliárias, com produtos como Suvinil Acrílica, Suvinil Piso e o sistema Selfcolor, que permitia personalização de cores em pontos de venda.
A marca também esteve presente em ações culturais e esportivas, patrocinando a pintura de prédios históricos como o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e apoiando clubes de futebol como Santos, Corinthians e Palmeiras. Em 2020, lançou o programa Pintar o Bem, voltado ao apoio de profissionais da pintura durante a pandemia.
Em 2024, a unidade de tintas decorativas da BASF gerou US$ 525 milhões em receitas no Brasil. Com baixa sinergia com outras áreas da companhia, a venda foi considerada estratégica. A Suvinil exporta para países da América do Sul, Caribe e África, e responde pela maior fatia do mercado nacional, que movimenta mais de R$ 12 bilhões por ano.