A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou nesta quinta-feira (4) que seu governo avalia a imposição de tarifas sobre importações de países que não mantêm acordos comerciais com o México — entre eles, a China. A medida faz parte do chamado “Plano México”, uma iniciativa voltada ao fortalecimento da indústria nacional em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos mexicanos.
“Estamos considerando impor certas tarifas”, afirmou Sheinbaum durante sua coletiva diária, destacando que o foco será em nações sem tratados comerciais com o México, como a China.
Embora não tenha especificado quais produtos ou setores seriam afetados, a proposta sinaliza uma mudança na política comercial mexicana, com foco na proteção da produção local diante da concorrência externa.
Contexto comercial
O México é signatário do acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), que substituiu o antigo NAFTA em 2020, durante o primeiro mandato do presidente norte-americano Donald Trump. O tratado prevê uma revisão conjunta entre os três países após seis anos de vigência, o que deve ocorrer em 2026.
A proposta de tarifas surge em meio a tensões comerciais renovadas, com os EUA elevando impostos sobre algumas importações mexicanas. O governo mexicano busca, com o Plano México, estimular o desenvolvimento industrial e reduzir a dependência de produtos estrangeiros, especialmente de países com os quais não possui acordos bilaterais.