O Exército de Israel declarou nesta quinta-feira (4) que já controla cerca de 40% da Cidade de Gaza, principal centro urbano da Faixa de Gaza, antes mesmo do início da ofensiva principal. A informação foi divulgada por fontes militares israelenses e confirmada por veículos como a CNN e o G1.
Segundo o governo israelense, a operação faz parte de uma estratégia de segurança nacional voltada à neutralização de ameaças do grupo Hamas. No entanto, organizações humanitárias e defensores dos direitos humanos alertam para o impacto devastador da ofensiva sobre a população civil, composta majoritariamente por mulheres e crianças.
Desde o início das ações terrestres, aéreas e marítimas, o número de vítimas aumentou significativamente. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 64 mil palestinos foram mortos desde o início do conflito em outubro de 2023. A infraestrutura urbana está em colapso, e milhares de pessoas foram deslocadas, enfrentando escassez de alimentos, água potável e medicamentos.
Organizações como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional apontam que as táticas utilizadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) podem configurar crimes de guerra, citando ataques indiscriminados a áreas residenciais e instalações civis. Bombardeios intensos têm sido registrados em bairros densamente povoados, com relatos de uso de mísseis de alta precisão contra edifícios próximos a campos de refugiados.
Apesar das justificativas de segurança apresentadas por Israel, o cenário em Gaza é descrito por agências internacionais como uma crise humanitária em rápida deterioração. A comunidade internacional segue dividida entre o apoio à segurança israelense e o apelo por medidas urgentes de proteção aos civis palestinos.
