Novo remédio acelera tratamento da depressão pós-parto

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Foto: Divulgação

Um novo medicamento oral, chamado zuranolona, está gerando expectativas positivas no campo da saúde mental ao demonstrar resultados rápidos e significativos no tratamento da depressão pós-parto. A condição, que afeta cerca de um quarto das mulheres brasileiras após o nascimento do bebê, é frequentemente subdiagnosticada e pode comprometer gravemente o bem-estar da mãe e o vínculo com o filho.

Em estudo clínico com 151 mulheres entre 18 e 45 anos, diagnosticadas com episódios depressivos severos no fim da gestação ou nas primeiras semanas após o parto, a zuranolona apresentou melhora perceptível já no terceiro dia de uso. Após duas semanas de tratamento, os sintomas depressivos caíram de forma expressiva, com efeitos sustentados até o 45º dia de acompanhamento.

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Além da depressão, o medicamento também mostrou impacto positivo nos níveis de ansiedade, ampliando seu potencial terapêutico. O diferencial da zuranolona está em seu mecanismo de ação: ao contrário dos antidepressivos tradicionais que atuam sobre a serotonina e demoram semanas para fazer efeito, ela modula os receptores GABA tipo A, promovendo uma regulação mais rápida da atividade cerebral.

Apesar dos avanços, o uso da zuranolona exige suspensão temporária da amamentação, já que ainda não há dados conclusivos sobre sua segurança no leite materno. Especialistas, no entanto, reforçam que o cuidado com a saúde mental da mãe deve ser prioridade, especialmente em um período tão vulnerável como o puerpério.

No Brasil, o medicamento ainda não está disponível, e o tratamento segue baseado em antidepressivos convencionais como sertralina, citalopram e fluoxetina, além da psicoterapia. A chegada de novas opções terapêuticas representa um avanço importante na abordagem da depressão pós-parto, oferecendo às mulheres a chance de recuperação mais rápida e eficaz.

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