O Ibovespa encerrou esta segunda-feira (8) em queda de 0,59%, aos 141.791,58 pontos, refletindo movimentos de realização de lucros após ter renovado máximas históricas na semana anterior. Apesar do recuo, ações como Cosan e Raízen se destacaram positivamente, impulsionadas por expectativas de novas estratégias corporativas.
No câmbio, o dólar teve leve variação negativa de 0,07%, sendo negociado a R$ 5,4179 na venda. A estabilidade da moeda norte-americana foi influenciada pelo fraco relatório de empregos dos Estados Unidos divulgado na sexta-feira (5), que reforçou as apostas de um corte de juros pelo Federal Reserve ainda neste mês.
Pressão externa: renúncia no Japão e dados dos EUA
No cenário internacional, investidores voltaram suas atenções para o Japão, onde o primeiro-ministro Shigeru Ishiba renunciou após derrotas eleitorais. A saída do líder japonês, que havia finalizado um acordo comercial com os EUA para redução de tarifas, gerou incertezas políticas na quarta maior economia do mundo. O iene recuou frente ao dólar, mas não o suficiente para impedir a queda do índice DXY, referência global para o câmbio.
🇧🇷 Expectativas internas e projeções do mercado
No Brasil, o relatório Focus do Banco Central trouxe poucas alterações nas projeções para o câmbio. A estimativa para o dólar no fim de 2025 passou de R$ 5,56 para R$ 5,55, enquanto para o fim de 2026 caiu de R$ 5,62 para R$ 5,60.
Segundo análise do Morgan Stanley, uma quebra do real abaixo de R$ 5,40 é possível, caso o dólar mantenha sua fraqueza e o diferencial de juros continue atrativo. No entanto, o ritmo de valorização deve perder força. As estrategistas Ioana Zamfir e Sofia Palacios alertam para o aumento do “ruído nas manchetes” até o fim do ano, com destaque para os processos judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os debates sobre o orçamento eleitoral.
