A Volkswagen está em negociações avançadas com o governo dos Estados Unidos para ampliar seus investimentos no país, segundo maior mercado automotivo do mundo. A iniciativa busca mitigar os impactos das tarifas de importação de veículos, que já custaram bilhões de euros à montadora alemã em 2025.
Durante o salão do automóvel IAA, em Munique, o CEO Oliver Blume criticou o acordo comercial “assimétrico” entre Bruxelas e Washington, que impõe tarifas de 15% sobre carros europeus, enquanto produtos industriais americanos entram na Europa sem taxação. “Estamos apostando em nosso plano de investimentos nos EUA, que vai fortalecer o emprego local e a cadeia de suprimentos da Volkswagen”, afirmou Blume.
A empresa considera aportes significativos, incluindo a construção de uma fábrica para a marca Audi, e mantém diálogo com autoridades americanas sobre possíveis incentivos. A ausência de unidades fabris da Audi e da Porsche nos EUA tem sido um dos principais fatores para o impacto das tarifas, atualmente em 27,5%.
Assim como outras montadoras europeias, a Volkswagen espera que o governo dos EUA, liderado por Donald Trump, reduza essas tarifas para 15%, conforme promessa feita anteriormente.