BYD acelera expansão na Europa com produção local e aposta em híbridos plug-in

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REUTERS/Kai Pfaffenbach
REUTERS/Kai Pfaffenbach

A principal montadora da China, BYD, anunciou planos para fabricar seus veículos elétricos diretamente na Europa dentro de três anos, com o objetivo de driblar as tarifas impostas pela União Europeia sobre carros importados da China. A estratégia inclui a construção de fábricas na Hungria, com produção prevista para começar ainda este ano, e na Turquia, com início em 2026.

Durante o salão IAA Mobility, em Munique, a vice-presidente executiva Stella Li afirmou que a empresa está se adaptando à realidade europeia: “Estamos nos treinando para sermos mais europeus na produção”.

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A medida responde às tarifas de até 27,5% aplicadas pela UE, que considera que montadoras chinesas se beneficiam de subsídios estatais. Segundo Li, essas taxas já custaram bilhões de euros à BYD em 2025.

 Híbridos plug-in ganham força

Inicialmente focada em veículos totalmente elétricos, a BYD passou a oferecer também modelos híbridos plug-in (PHEVs) na Europa, que rapidamente conquistaram os consumidores. No Reino Unido, por exemplo, o PHEV é o modelo mais vendido da marca. Li revelou que mais três a quatro modelos híbridos serão lançados nos próximos seis meses e prevê que eles superarão os elétricos puros em vendas na região: “Nos próximos um ou dois anos, nossos híbridos plug-in dominarão as vendas”.

 Expansão e sucessão

A executiva também confirmou que a marca de luxo da BYD, Yangwang, será lançada na Europa em 2027. Apesar de enfrentar uma desaceleração nas vendas na China após um período de crescimento acelerado, a empresa continua liderando o mercado local e aposta na expansão internacional para sustentar o crescimento em 2025.

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Com a nova política do governo chinês, o presidente da BYD, Wang Chuanfu, poderá se aposentar em 2027. Questionada sobre o plano de sucessão, Stella Li desconversou: “Vamos manter isso em segredo”.

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