O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, intensificou nesta segunda-feira (8) suas críticas às ações militares de Israel na Faixa de Gaza, classificando os ataques como “extermínio de um povo indefeso”. Em vídeo publicado nas redes sociais, o líder espanhol condenou duramente a justificativa apresentada por Benjamin Netanyahu, que alegava tratar-se de uma resposta ao Hamas.
“Uma coisa é proteger seu país, outra muito distinta é bombardear hospitais e matar crianças inocentes”, afirmou Sánchez. Segundo ele, as operações israelenses resultaram em novas ocupações ilegais e ofensivas contra civis palestinos, violando normas do direito humanitário.
Espanha anuncia medidas contra Israel
Em resposta ao que chamou de “genocídio em Gaza”, Sánchez anunciou um pacote de sanções com efeito imediato. Entre as medidas estão:
- Proibição da compra e venda de equipamentos militares com Israel
- Restrição ao uso de portos e espaço aéreo espanhol para transporte de armas ou combustível destinados ao exército israelense
- Bloqueio de entrada em território espanhol para pessoas envolvidas diretamente nas ações militares em Gaza
- Ampliação da ajuda humanitária ao povo palestino
A decisão provocou reações imediatas por parte do governo israelense, que acusou Madri de antissemitismo e declarou membros do governo espanhol como “personae non gratae”.
Sánchez, por sua vez, reafirmou o compromisso da Espanha com a paz no Oriente Médio e defendeu que o país esteja “do lado certo da história” diante do sofrimento da população palestina.