Ineficiências e subsídios devem custar R$ 103,6 bilhões aos consumidores de energia em 2025

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Imagem: Divulgação

Os brasileiros devem desembolsar cerca de R$ 103,6 bilhões em 2025 devido a ineficiências e subsídios embutidos nas tarifas de energia elétrica. O valor representa 26% do total pago nas contas de luz, segundo levantamento divulgado por entidade do setor. Isso significa que, a cada R$ 100 pagos, R$ 26 correspondem a custos que não estão diretamente ligados à geração ou distribuição eficiente de energia.

O estudo detalha os principais componentes que contribuem para esse montante: R$ 56,1 bilhões em encargos setoriais, R$ 21,4 bilhões em tributos sobre ineficiências, R$ 20,4 bilhões em perdas de energia e R$ 5,2 bilhões destinados à iluminação pública. Além disso, há R$ 6,85 bilhões em subsídios implícitos relacionados à geração distribuída, modalidade em que consumidores produzem sua própria energia, geralmente por meio de fontes renováveis como solar e eólica.

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No total, os custos do setor elétrico devem alcançar R$ 395 bilhões em 2025. Desse valor, R$ 83,6 bilhões são atribuídos à distribuição e R$ 30,3 bilhões à transmissão. Especialistas alertam que o excesso de subsídios cria um efeito cascata: quanto maior o volume subsidiado, maior a carga tributária incidente sobre os consumidores, já que os impostos são calculados proporcionalmente sobre o valor total da tarifa.

A análise também aponta que a estrutura atual compromete a competitividade da matriz energética brasileira, que é majoritariamente renovável. A revisão desses mecanismos é considerada essencial para garantir energia mais acessível e segura, além de contribuir para o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida no país.

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