Acordo comercial entre EUA e Japão gera tensão na indústria automotiva americana

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Foto: Reuters/Rebecca Cook
Foto: Reuters/Rebecca Cook

O novo acordo comercial firmado pelo presidente Donald Trump com o Japão está sendo interpretado como um revés para montadoras norte-americanas como Ford e General Motors (GM), que operam fábricas no México e no Canadá. Embora o pacto tenha sido anunciado como uma vitória econômica, ele favorece diretamente as montadoras japonesas, ao reduzir tarifas de importação para veículos e peças.

Impacto nas montadoras dos EUA

  • O acordo estabelece tarifa de 15% sobre veículos japoneses, abaixo dos 25% aplicados a veículos vindos do México e Canadá
  • Isso torna mais barato importar carros do Japão do que de fábricas da Ford e GM na América do Norte
  • A medida reduz incentivos para que montadoras japonesas instalem fábricas nos EUA, enquanto empresas americanas enfrentam custos mais altos para importar seus próprios veículos

Reação do mercado

EmpresaVariação nas ações
Toyota+14,3%
Honda+11,2%
Nissan+8,28%
Ford+0,3%
GM+2,5%
  • Ações japonesas dispararam em Tóquio após o anúncio do acordo
  • Ford e GM tiveram alta modesta no pré-mercado de Nova York, com investidores cautelosos
  • A GM se recupera parcialmente após queda de 8,1% no dia anterior, mesmo com lucro trimestral acima do esperado

Conteúdo do acordo

  • Japão investirá US$ 550 bilhões nos EUA, com 90% dos lucros destinados aos americanos
  • O país asiático abrirá seu mercado para carros, caminhões, arroz e produtos agrícolas dos EUA
  • O acordo substitui a tarifa de 25% que entraria em vigor em 1º de agosto

Análise estratégica

Especialistas apontam que o pacto pode:

  • Desestimular a produção local por montadoras japonesas nos EUA
  • Aumentar a complexidade tarifária para investidores e fabricantes
  • Reforçar a competitividade das marcas japonesas no mercado americano
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