O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), reagiu nesta quarta-feira (16) à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos contra o Brasil. O processo, conduzido pelo USTR (Representante Comercial dos EUA), acusa o país de adotar práticas desleais em áreas como comércio digital, propriedade intelectual, desmatamento, tarifas e serviços de pagamento eletrônico, incluindo o Pix.
“Pix é um modelo, um sucesso”
Alckmin saiu em defesa do sistema de pagamento instantâneo brasileiro, afirmando que o Pix é uma referência mundial e não representa vantagem indevida:
“Pix é um modelo, é um sucesso. Isso nós vamos explicar, não tem nenhum problema”, declarou.
Desmatamento e propriedade intelectual
O vice-presidente também rebateu críticas sobre o meio ambiente e inovação:
- Disse que o desmatamento está em queda e que o Brasil é exemplo global em energia renovável.
- Destacou avanços na proteção da propriedade intelectual, com redução do tempo de registro de sete para quatro anos.
Reuniões com setor produtivo e empresas americanas
Alckmin liderou uma série de encontros com representantes da indústria nacional e multinacionais dos EUA, como parte da resposta à tarifa de 50% anunciada por Donald Trump sobre produtos brasileiros. O governo busca uma solução negociada e não descarta pedir prorrogação do prazo para evitar impactos econômicos.
Documentos e diálogo diplomático
- O Brasil enviou um documento confidencial aos EUA em maio com sugestões de avanço comercial.
- Sem resposta formal, Alckmin e o chanceler Mauro Vieira encaminharam novo pedido oficial ao USTR nesta semana.
“Queremos negociação urgente. O bom é que se resolva nos próximos dias. Se houver necessidade de prorrogar, não vejo problema”, afirmou Alckmin.