A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou que buscará recompor seu orçamento, após sofrer uma redução drástica de 80% devido a contingenciamentos impostos pelo governo federal. A declaração foi feita nesta sexta-feira (5) pelo novo diretor-geral da autarquia, Arthur Watt, durante sua cerimônia de posse em Brasília.
Ao lado de outros diretores recém-empossados, como Pietro Mendes, Watt destacou a urgência de fortalecer a fiscalização no setor de combustíveis e intensificar o combate a práticas ilícitas que afetam consumidores e empresas honestas.
“Precisamos enfrentar a concorrência desleal promovida por sonegadores de tributos e garantir um mercado mais justo e transparente”, afirmou Watt.
A nova diretoria assume em meio à repercussão da operação policial “Carbono Oculto”, deflagrada no fim de agosto. A investigação apura um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro envolvendo fundos de investimento e fintechs, que teriam recebido recursos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo as autoridades, o esquema teria se infiltrado no setor de combustíveis, com indícios de adulteração de produtos e evasão fiscal em larga escala. A operação mobilizou diversas frentes do poder público e reacendeu o debate sobre a necessidade de ampliar os recursos e a capacidade de fiscalização da ANP.