O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, declarou nesta terça-feira (22) que o aumento tarifário dos Estados Unidos contra o Brasil não configura um impasse comercial tradicional, e sim uma retaliação articulada por grupos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As tarifas, que entram em vigor no próximo mês, atingem setores estratégicos da economia brasileira.
Durante cerimônia de assinatura de um convênio com cooperativas da agricultura familiar, Viana criticou o impacto das medidas sobre empresas nacionais e alertou para riscos à soberania brasileira. Segundo ele, o país precisa reagir com unidade diante da “ação perversa” que ameaça trabalhadores e exportadores. A Apex anunciou ações específicas para mitigar os prejuízos no comércio exterior, com foco na capacitação de produtores e expansão de mercados alternativos.
O projeto inclui treinamentos voltados a 1,5 mil cooperativas, das quais mais de 90% adotam práticas sustentáveis. A iniciativa pretende fortalecer a competitividade dos pequenos produtores frente às barreiras impostas por parceiros internacionais.
Paralelamente, líderes políticos e empresariais articulam visitas diplomáticas e protestos na Organização Mundial do Comércio para contestar a legalidade e o impacto das novas tarifas.