Autoridades de saúde do Condado de Coconino, no Arizona (EUA), confirmaram a morte de um morador local por peste pneumônica, uma forma rara e grave da peste causada pela bactéria Yersinia pestis. O caso, divulgado na última sexta-feira (11), é o primeiro óbito pela doença na região em quase duas décadas.
Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos do Condado (CCHHS), os testes confirmaram a infecção, embora a data exata da morte não tenha sido revelada. A vítima foi atendida no Flagstaff Medical Center, mas não resistiu mesmo após tentativas de reanimação.
O que é a peste pneumônica?
- É uma infecção pulmonar causada pela mesma bactéria da peste bubônica e septicêmica.
- Pode ser transmitida por gotículas respiratórias, como espirros e tosse, além de contato com animais infectados ou pulgas.
- Tem incubação rápida, podendo causar sintomas em apenas um dia após a exposição.
- Os principais sintomas incluem febre, dor de cabeça, dor no peito, falta de ar, tosse e, em alguns casos, muco com sangue.
- O tratamento é feito com antibióticos, mas precisa ser iniciado rapidamente para evitar complicações graves ou morte.
Risco e histórico da doença
Apesar da gravidade, a peste pneumônica é extremamente rara nos Estados Unidos, com cerca de sete casos humanos por ano, segundo o CDC. A última transmissão entre pessoas registrada no país ocorreu em 1924.
A maioria dos casos ocorre em áreas rurais do Oeste americano — como Arizona, Novo México, Colorado, Califórnia, Oregon e Nevada — e está associada a roedores, pulgas e animais domésticos infectados.
Situação global
Globalmente, a peste ainda é endêmica em algumas regiões da África, especialmente em Madagascar e na República Democrática do Congo, além do Peru, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
