A morte de Charlie Kirk, fundador da organização conservadora Turning Point USA e figura central do movimento “Make America Great Again” (MAGA), provocou forte comoção entre apoiadores da direita americana. Nas redes sociais e fóruns como Patriots.Win, o episódio foi tratado como um ataque direto ao conservadorismo, com acusações à esquerda mesmo sem evidências sobre o autor do crime.
Reações imediatas e discurso de retaliação
Nas primeiras 24 horas após o assassinato, milhares de postagens expressaram indignação, dor e apelos por vingança. A ativista Isabella Maria DeLuca afirmou que Kirk foi morto por não poder ser vencido em debate. Já o advogado republicano Mike Davis classificou o influenciador como uma “ameaça existencial” à esquerda.
Estudos conduzidos por Jen Golbeck, especialista em comportamento digital da Universidade de Maryland, apontaram sinais de radicalização crescente em comunidades online. Algumas postagens chegaram a pedir enforcamento de líderes democratas e fizeram referências ao incêndio do Reichstag, episódio que precedeu o regime nazista na Alemanha.
Trump responsabiliza esquerda e pede reação
O presidente Donald Trump atribuiu o crime à “esquerda radical” e declarou que é preciso “derrotá-los de vez”. Apesar do tom combativo, Trump ressaltou que Kirk defendia a não violência e pediu que seus seguidores mantenham essa postura.
Outros aliados políticos reforçaram as acusações. A deputada republicana Nancy Mace afirmou que “os democratas são responsáveis pelo que aconteceu hoje”.
Democratas condenam o ataque e pedem moderação
Líderes democratas reagiram com firmeza. A senadora Elizabeth Warren classificou o assassinato como “horrível” e criticou a retórica de Trump. O líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, escreveu que “a violência política NUNCA é aceitável”, enquanto o governador da Califórnia, Gavin Newsom, chamou o ataque de “nojento, vil e repreensível”.
Grupos extremistas e risco de escalada
Figuras da extrema direita também se manifestaram. Steve Bannon chamou Kirk de “mártir do America First” e pediu que conservadores não recuem. Grupos como os Proud Boys divulgaram vídeos com reações à morte, alimentando ainda mais a tensão.
Nealin Parker, diretora da Common Ground USA, alertou para os riscos da radicalização digital: “O que acontece online realmente importa”.
Investigação em curso
A investigação segue em andamento. Até o momento, as autoridades não divulgaram oficialmente a motivação ou a identidade do atirador. O crime, ocorrido durante um evento na Universidade Utah Valley, aprofunda as divisões políticas nos Estados Unidos e levanta preocupações sobre novos episódios de violência em um cenário já marcado pela polarização.