Ataque cibernético compromete sistema judicial dos EUA

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Uma bandeira americana balança ao vento em Berkley, Michigan, EUA - Foto: REUTERS/Emily Elconin

Um ataque cibernético de grande escala atingiu o sistema eletrônico de arquivamento de processos do judiciário federal dos Estados Unidos na quarta-feira (6). A ação comprometeu informações confidenciais de tribunais em diversos estados, segundo fontes citadas pelo jornal Político.

O ataque teve como alvo o sistema de Gerenciamento de Casos/Arquivos Eletrônicos (CM/ECF), utilizado por profissionais do direito para registrar e acompanhar processos, e o sistema PACER, que oferece acesso público pago a registros judiciais. Ambos são mantidos pelo Escritório Administrativo dos Tribunais dos EUA.

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Até o momento, nem o Escritório Administrativo dos Tribunais, nem a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (CISA) se pronunciaram oficialmente. O FBI encaminhou os questionamentos ao Departamento de Justiça, que também não respondeu.

O sistema judicial norte-americano já havia sido alvo de ataques anteriores. Em 2022, o então presidente da Comissão Judiciária da Câmara, Jerry Nadler, revelou que agentes estrangeiros haviam invadido o sistema, causando uma violação de “amplitude e escopo surpreendentes”. Em resposta, medidas de segurança foram implementadas, mas especialistas alertam que os sistemas continuam obsoletos.

Em audiência recente, a juíza Amy St. Eve, do Tribunal de Circuito dos EUA, afirmou que anos de subinvestimento deixaram os sistemas de tecnologia da informação do judiciário vulneráveis. Segundo ela, os sistemas são caros, difíceis de manter e não seguem padrões modernos de segurança, o que aumenta o risco de falhas operacionais e novas violações.

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