Quatro pessoas foram mortas em um escritório em Manhattan após um ataque cometido por Shane Tamura, de 27 anos, ex-jogador de futebol americano no ensino médio. Tamura, que posteriormente tirou a própria vida, deixou um bilhete responsabilizando sua condição mental, a encefalopatia traumática crônica (CTE), e a NFL por seu comportamento. A sede da liga de futebol americano ocupa o mesmo prédio onde ocorreu o atentado.
A confirmação da CTE só é possível após a morte, e o corpo de Tamura será submetido a exames neuropatológicos nas próximas semanas. O episódio reacendeu preocupações sobre a segurança de atletas amadores expostos a repetidos traumas cranianos.
Estudos apontam que lesões cerebrais não são exclusivas de atletas profissionais. Uma pesquisa recente detectou sinais de CTE em 41% dos cérebros de jovens atletas mortos antes dos 30 anos. O suicídio foi a causa mais comum das mortes, embora nem todos os casos apresentassem alterações cerebrais relacionadas.
As concussões, muitas vezes subnotificadas, continuam sendo um desafio para entidades esportivas que atuam em ambientes escolares. A falta de neurologistas especializados e tecnologias adequadas dificulta o diagnóstico precoce nesses níveis. Em contraste, ligas profissionais utilizam sensores e protocolos rigorosos para avaliar os impactos sofridos pelos jogadores.
A violência, como observada no caso Tamura, não é um sintoma universal da CTE. Ainda assim, o incidente trouxe atenção renovada para as falhas na prevenção e no acompanhamento das lesões em jovens atletas, que, segundo especialistas, deveriam ser abordadas como um problema de saúde pública.