Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza se intensificaram na madrugada desta quinta-feira (15 de maio), deixando mais de 100 mortos em um único dia. Desde o início dos ataques na quarta-feira (14 de maio), o número total de vítimas já ultrapassa 180, incluindo ao menos 20 crianças.
Os ataques ocorreram principalmente na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, onde casas e tendas foram atingidas. Segundo relatos de moradores e equipes de resgate, ainda há vítimas sob escombros, e o número de mortos pode aumentar.
Um cinegrafista da Associated Press que estava na região registrou dez bombardeios consecutivos, além de corpos sendo levados ao necrotério do Hospital Nasser.
Entre as vítimas, está o jornalista Hasan Samour, da emissora Al Araby TV, que morreu junto com 11 membros de sua família.
Os ataques ocorrem enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visita países do Golfo Pérsico, sem incluir Israel em seu roteiro. Havia expectativa de que sua presença na região pudesse abrir caminho para um cessar-fogo ou para a renovação da ajuda humanitária a Gaza, que está bloqueada há três meses.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o Exército continuará a ofensiva contra o Hamas com “força total”, aumentando a preocupação internacional sobre o agravamento do conflito.
Situação nos hospitais e resgate de vítimas
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que há centenas de feridos e que os hospitais estão sobrecarregados. O Hospital Al-Ahli Arab Baptist, que já havia sido atingido anteriormente, sofreu novos bombardeios, dificultando o atendimento médico.
Além disso, um ataque ao Hospital Europeu de Khan Younis, na terça-feira (13 de maio), matou 16 pessoas e deixou mais de 70 feridos. Israel afirmou que o alvo era um centro de comando do Hamas, mas o grupo nega a acusação.
A escalada dos bombardeios reforça a urgência de negociações para um cessar-fogo, enquanto a população civil continua sendo a principal vítima do conflito.
Fonte: Redação