O Banco Central realizou nesta semana uma operação de venda de até US$ 1 bilhão no mercado à vista, aliada a leilões de swap cambial reverso — mecanismo que injeta liquidez em reais no sistema financeiro. Conhecida como “Casadão”, essa estratégia visa garantir fluidez ao mercado sem pressionar a cotação do dólar.
A medida ocorre em um contexto de estabilidade cambial e aumento na entrada de capital estrangeiro no país. O objetivo é fornecer suporte técnico à liquidez sistêmica, evitando distorções ou movimentos abruptos que possam comprometer o funcionamento de mercados produtivos.
O regime de câmbio flutuante adotado pelo Brasil permite que o BC intervenha pontualmente para suavizar volatilidades excessivas. Ao atuar via swap reverso, a autoridade monetária fornece reais ao mercado sem reduzir diretamente as reservas internacionais do país.
Segundo analistas, esse tipo de operação é considerada transparente e pontual, com foco em manter a estabilidade dos fluxos financeiros. A atuação foi bem recebida pelo mercado, interpretada como sinal de responsabilidade e governança no gerenciamento monetário.
A operação também reacende debates sobre o papel do dólar no sistema financeiro global. Ainda que a moeda americana mantenha hegemonia nas transações internacionais, observa-se uma tendência de diversificação de reservas e mecanismos cambiais em diversos países, como forma de reduzir riscos excessivos de exposição ao dólar.