O Banco Central (BC) terá que publicar uma nova carta explicativa caso a inflação não retorne ao intervalo de tolerância da meta até o fim do primeiro trimestre de 2026, conforme determina o Decreto nº 12.079/2024, que instituiu o regime de meta contínua de inflação.
A regra prevê que, após a divulgação da primeira carta — que ocorre quando o IPCA permanece fora da faixa de 2,5% a 4,5% por seis meses consecutivos — o BC deve emitir nova nota em duas situações:
- Se a inflação não retornar ao intervalo no prazo informado anteriormente
- Se houver necessidade de atualizar medidas ou prazos para o retorno à meta
Na carta publicada em 10 de julho, o BC apontou como causas do descumprimento:
- Atividade econômica aquecida
- Expectativas desancoradas
- Inércia inflacionária
A meta oficial, definida pelo Comitê Monetário Nacional (CMN), é de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o IPCA deve se manter entre 2,5% e 4,5% por seis meses para que o BC seja considerado dentro da meta.