Banco do Brasil se recupera após queda brusca; mercado avalia possível lucro abaixo do esperado

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As ações do Banco do Brasil registraram alta de cerca de 3% nesta segunda-feira (4), após despencarem quase 7% na sexta-feira anterior. O movimento reflete ajustes do mercado diante das preocupações com os resultados do segundo trimestre, impulsionadas por dados do Banco Central que sugerem queda expressiva nos lucros da instituição.

Lucro em queda acende sinal de alerta

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Segundo dados contábeis preliminares do BC — considerados apenas um proxy pelos analistas —, o BB teria registrado em maio lucro líquido de R$ 516 milhões, bem abaixo dos R$ 3,475 bilhões de um ano antes e também inferior ao resultado de abril (R$ 1,735 bilhão). A expectativa do mercado para o segundo trimestre, compilada pela LSEG, indicava lucro de R$ 5,279 bilhões, mas projeções mais recentes apontam para valores entre R$ 3,5 e R$ 4 bilhões.

Pressão nas previsões e deterioração do agronegócio

Analistas do Safra e do BTG Pactual reforçam o tom de cautela, com o BTG estimando lucro de R$ 3,35 bilhões no trimestre — 24% abaixo de sua projeção inicial. O cenário é agravado pelo aumento da inadimplência no setor do agronegócio, o que comprometeria qualquer recuperação significativa em junho.

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Além disso, o BTG revisou o preço-alvo das ações de R$ 30 para R$ 24, rebaixando também as estimativas de lucro de 2025 de R$ 29,4 bilhões para R$ 23,5 bilhões, e a projeção de ROE caiu de 15,6% para 12,5%.

Papel se destaca no Ibovespa, apesar de queda anual

Por volta das 12h15, as ações do BB operavam em alta de 2,62%, cotadas a R$ 18,83, entre os melhores desempenhos do Ibovespa, que subia 0,64%. Na máxima do dia, os papéis chegaram a R$ 19,02 (+3,65%). No acumulado do ano, no entanto, ainda há recuo de cerca de 19%.

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Instituições veem cenário desafiador

Analistas do Bradesco BBI reforçam que os dados do BC são provisórios e sujeitos a ajustes, mas alertam para tendências desafiadoras no desempenho do banco estatal.

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