O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (10), que não incentivou o caos durante os protestos de caminhoneiros após as eleições de 2022.
Declaração de Bolsonaro
Durante interrogatório na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro declarou que, caso desejasse instabilidade, teria se mantido em silêncio.
“Se não me engano, dia 1º de novembro, ou dia 2, eu fiz um vídeo pedindo que eles desobstruíssem as vias”, afirmou.
Ele ressaltou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não poderia desmobilizar os protestos sozinha e reforçou sua posição: “Se eu almejasse o caos no Brasil, era só ficar quieto.”
Contexto da investigação
Bolsonaro é réu na ação penal que investiga um suposto plano de golpe de Estado para contestar o resultado das eleições de 2022.
Desde segunda-feira (10), o STF tem ouvido depoimentos de envolvidos no caso, incluindo Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada, e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ). As oitivas devem seguir até sexta-feira (13).
Depoimento de Mauro Cid
Mauro Cid afirmou que Bolsonaro temia ser responsabilizado por um bloqueio geral das rodovias e pelas consequências econômicas da paralisação dos caminhoneiros.
“O presidente tinha uma preocupação muito grande com a questão dos caminhoneiros. Ele queria de alguma forma evitar que houvesse uma manifestação bloqueando estradas e paralisando o país, porque isso geraria uma crise econômica imensa”, declarou Cid.
Reportagem em Atualização