Bolsonaro nega que Marinha tenha disponibilizado tropas para medidas golpistas

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Imagem: Fellipe Sampaio/STF
Imagem: Fellipe Sampaio/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta terça-feira (10), ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, tenha colocado tropas à disposição para um suposto plano de golpe.

Negativa de Bolsonaro e justificativa

Durante interrogatório conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro afirmou que “em hipótese alguma” isso teria ocorrido.

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“Não existe isso. Se fossemos prosseguir com um estado de sítio, as medidas seriam outras. Teriam outras instituições envolvidas”, declarou o ex-presidente.

Segundo ele, no período pós-eleitoral, não havia clima, oportunidade ou base sólida para avançar com a decretação de um estado de defesa.

Depoimento de Almir Garnier

Mais cedo, o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, também negou ter oferecido tropas para qualquer ação golpista.

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Em sua versão sobre um encontro entre os chefes das Forças Armadas e Bolsonaro, ocorrido em 7 de dezembro de 2022, Garnier declarou:

“Isso não ocorreu. Não houve deliberações. O presidente não abriu a palavra a nós. Ele fez as considerações dele, expressou o que mais pareciam preocupações e análises de possibilidade do que propriamente uma ideia ou uma intenção de conduzir alguma coisa em uma certa direção. A única que eu percebi, que era tangível e importante, era a preocupação com a segurança pública, para a qual a GLO é o instrumento adequado dentro de certos parâmetros.”

Contexto e repercussão

A investigação sobre o suposto plano golpista segue em andamento, com depoimentos de militares e ex-integrantes do governo sendo analisados pelo STF.

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