Brasil e Índia firmam acordos em comércio e biocombustíveis

2 Min de leitura
Presidente Lula - Imagem: Divulgação

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, participaram nesta terça-feira (8) de um encontro bilateral voltado ao aprofundamento das relações estratégicas entre os dois países. A reunião ocorreu em meio ao esforço dos dois governos para ampliar parcerias em áreas como comércio, energia, segurança, meio ambiente e saúde.

Durante o discurso, Lula afirmou que “o mundo não precisa de guerra, precisa de respeito”, ao comentar os conflitos internacionais e a necessidade de defesa da soberania dos países. O presidente mencionou os casos da Rússia e Ucrânia, além da situação do povo palestino, ao reforçar seu posicionamento.

Os dois países estabeleceram a meta de triplicar o volume de comércio bilateral, que atualmente gira em torno de US$ 12 bilhões anuais. Segundo Lula, o valor é modesto diante do potencial das duas economias. Desde a cúpula do G20 em Nova Délhi (2023), mais de 70 missões comerciais brasileiras visitaram a Índia, enquanto o Brasil recebeu 40 delegações indianas.

Também foi anunciada a criação de um conselho empresarial bilateral, voltado à promoção de investimentos e à integração das cadeias produtivas entre os dois países.

Na área de energia, Brasil e Índia reafirmaram os compromissos dentro da Aliança Global para Biocombustíveis. O governo brasileiro projeta ampliar para 20% a mistura de etanol na gasolina e para 5% o uso de biodiesel no diesel.

Em meio aos debates ambientais, Lula convidou a Índia a participar do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, que visa remunerar países pela preservação de suas áreas nativas.

Na área da saúde, os líderes destacaram o interesse em desenvolver vacinas e medicamentos em parceria, e o Brasil sugeriu a criação de um centro de excelência em infraestrutura digital baseado no modelo indiano.

Lula ainda reiterou a defesa por reformas no Conselho de Segurança da ONU, criticando a ausência de assentos permanentes para países emergentes como Brasil e Índia.

Compartilhar