Brasil reage a relatório dos EUA e acusa Trump de interferência política

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Lula, Donald Trump, Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes são os principais atores políticos da notícias de julho. — Foto: Evaristo Sa/AFP//Antonio Augusto/STF//Adriano Machado/Reuters//Patrick Semansky/AP

O relatório anual do Departamento de Estado dos Estados Unidos sobre direitos humanos provocou forte reação do governo brasileiro e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento, divulgado nesta terça-feira (13), acusa o Brasil de violar liberdades civis e utilizar o sistema judiciário para perseguir opositores políticos.

Segundo integrantes do governo, o relatório representa uma tentativa de ingerência do presidente norte-americano Donald Trump na política brasileira. A avaliação é de que o texto busca enfraquecer a regulação das redes sociais no Brasil e favorecer aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.

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Ministros do STF classificaram o conteúdo como ofensivo e politicamente motivado. O relatório critica decisões do ministro Alexandre de Moraes, como a suspensão de perfis em redes sociais e a prisão de manifestantes envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Os magistrados afirmam que as medidas foram tomadas com base legal e respaldo institucional.

O documento também foi acusado de omitir violações em países aliados dos Estados Unidos, como El Salvador e Israel, enquanto intensifica críticas ao Brasil. A publicação ocorre em meio à escalada da guerra comercial entre os dois países, marcada pela imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros.

O governo brasileiro estuda medidas diplomáticas e jurídicas para responder às acusações, incluindo a convocação do embaixador norte-americano e a apresentação de relatórios técnicos em organismos internacionais.

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