A produção agrícola brasileira atingiu um marco histórico na safra 2024/25, com o total de 350,2 milhões de toneladas de grãos colhidas em todo o país. O volume representa um crescimento de 16,3% em relação ao ciclo anterior, que havia registrado 324,36 milhões de toneladas. O avanço foi impulsionado por condições climáticas favoráveis e pela ampliação da área cultivada, que passou de 79,9 para 81,7 milhões de hectares.
Os principais grãos responsáveis por esse desempenho foram soja, milho, arroz e algodão, que juntos somaram cerca de 47 milhões das 49,1 milhões de toneladas colhidas. A soja liderou a produção nacional, com um recorde de 171,5 milhões de toneladas — um aumento de 20,2 milhões em comparação à safra anterior. A produtividade média mais alta foi registrada em Goiás, com 4.183 kg por hectare, enquanto o Rio Grande do Sul teve o menor rendimento, com 2.342 kg/ha.
O milho também apresentou desempenho expressivo, com três safras contabilizadas e produtividade média de 6.391 kg/ha. A produção total do grão alcançou 139,7 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 20,9% em relação ao ciclo anterior. Já o algodão teve produção estimada em 4,1 milhões de toneladas de pluma, com crescimento de 9,7%, sustentado por aumento de área semeada e clima favorável. Até o final de agosto, 72,8% da área já havia sido colhida, enquanto 27,2% estava em fase de maturação.
O Centro-Oeste, especialmente o estado do Mato Grosso, foi destaque na expansão da produtividade, beneficiado por chuvas regulares e temperaturas adequadas ao desenvolvimento das lavouras. A Conab atribui o desempenho recorde à combinação de fatores técnicos, climáticos e ao investimento contínuo em tecnologia agrícola.
Com esse resultado, o Brasil reforça sua posição como um dos maiores produtores de grãos do mundo, com impacto direto na balança comercial e na segurança alimentar global. A expectativa é que os números consolidem o país como referência em eficiência agrícola e sustentabilidade produtiva.
