A balança comercial brasileira encerrou julho de 2025 com superávit de US$ 7,075 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (6) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Embora o resultado represente uma queda de 6,3% em relação ao mesmo mês de 2024, ele superou as expectativas do mercado e foi impulsionado por recordes tanto nas exportações quanto nas importações.
Exportações em alta, com destaque para indústria de transformação
As exportações totalizaram US$ 32,31 bilhões, alta de 4,8% na comparação anual. O principal motor foi a indústria de transformação, que cresceu 7,4% e somou US$ 17,58 bilhões. A indústria extrativa avançou 3,6%, enquanto o setor agropecuário teve leve alta de 0,3%.
Entre os produtos com maior destaque nas vendas externas, a carne bovina registrou crescimento expressivo de 46,9%.
Importações também crescem, puxadas por máquinas e insumos agrícolas
As importações somaram US$ 25,24 bilhões, aumento de 8,4% frente a julho de 2024. Os principais itens importados foram:
- Motores e máquinas: +43,9%
- Inseticidas: +41%
- Fertilizantes: +21,6%
A corrente de comércio — soma de exportações e importações — atingiu US$ 57,5 bilhões no mês, com crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Acumulado do ano e relação com os EUA
De janeiro a julho, o Brasil exportou US$ 198 bilhões (+0,1%) e importou US$ 161 bilhões (+8,3%), resultando em superávit acumulado de US$ 36,98 bilhões — uma queda de 24,7% na comparação anual.
Nas trocas com os Estados Unidos, as exportações brasileiras cresceram 3,8%, enquanto as importações de produtos americanos avançaram 18% no mês. O aumento nas compras pode estar relacionado ao movimento de antecipação antes da entrada em vigor das novas tarifas impostas pelo governo norte-americano.