Brasileira relata abusos de Epstein e pede abertura de documentos no Congresso

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A brasileira Marina Lacerda durante coletiva de imprensa em 3 de setembro de 2025 — Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

A brasileira Marina Lacerda, hoje com 37 anos, participou nesta quarta-feira (3) de uma coletiva de imprensa em frente ao Congresso dos Estados Unidos, onde relatou ter sido vítima de abusos sexuais cometidos por Jeffrey Epstein entre 2002 e 2005. Segundo ela, os crimes começaram quando tinha apenas 14 anos, após ser aliciada com uma falsa proposta de trabalho em Nova York.

Durante o pronunciamento, Marina afirmou que Epstein mantinha uma rotina de encontros diários com até dez meninas em suas residências, e que a casa do empresário funcionava como uma “porta giratória de garotas”. Ela contou que foi inicialmente chamada para realizar massagens, mas acabou envolvida em uma rede de exploração sexual. “Tínhamos que fazer sexo, querendo ou não”, declarou.

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A brasileira foi peça-chave nas investigações que levaram à condenação de Epstein em 2019. Na época, suas declarações forneceram evidências consideradas essenciais pelos promotores. Marina também revelou que foi procurada pelo FBI em 2008, mas não pôde depor devido a um acordo judicial firmado pelo empresário.

A coletiva foi organizada por parlamentares dos partidos Republicano e Democrata, que defendem a aprovação de um projeto de lei para obrigar a divulgação integral dos documentos relacionados ao caso. A proposta inclui arquivos sob posse do FBI e de procuradores federais.

Marina pediu que o Congresso norte-americano dê voz às vítimas e permita o acesso público aos registros da investigação. Ela afirmou que, como imigrante brasileira, se sente fortalecida por poder denunciar os abusos sofridos na adolescência.

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