Brasileiros relatam experiências traumáticas na guerra da Ucrânia

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Brasileiros na guerra - Foto: OGlobo

Brasileiros interessados na carreira militar têm sido recrutados para lutar ao lado das forças ucranianas contra a Rússia. O processo ocorre por meio de sites oficiais do governo ucraniano. Os voluntários arcam com os custos da viagem e, ao chegar à Europa, são encaminhados de Varsóvia para Kiev, onde assinam contrato e recebem treinamento básico.

Dois ex-combatentes relataram suas experiências. Wemerson Darlan, de Belo Horizonte, serviu por um ano na Guarda Nacional. Já “DC”, nome fictício de um jovem de 22 anos, atuou nos batalhões de assalto. Ambos passaram por combates intensos próximos à linha de frente. DC descreveu situações como falta de equipamentos adequados, trincheiras precárias e colegas feridos ou mortos durante missões na chamada “linha 0”.

Os combatentes afirmaram ter recebido salários em moeda local, grívna, abaixo do esperado. DC contou que precisou comprar equipamento e comida com recursos próprios, enquanto Darlan disse que recebeu todo o suporte prometido pelo exército ucraniano. As condições variaram de acordo com as unidades e responsáveis locais.

O contrato exigia permanência mínima de seis meses. DC retornou antes desse prazo ao testemunhar diversas mortes de colegas. Darlan cumpriu o período de um ano e decidiu voltar após perder um amigo no front. Ambos destacaram o impacto psicológico causado pela vivência na guerra.

Segundo o Itamaraty, até o momento, nove brasileiros morreram em combate na Ucrânia e outros 17 estão desaparecidos.

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