O impacto do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) será sentido diretamente no bolso dos brasileiros. Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) aponta que, em 2025, a população terá que trabalhar 151 dias para quitar tributos — dois dias a mais do que no ano anterior.
Custo do tributo e efeito cascata
O IOF incide sobre crédito, câmbio, seguros e investimentos, afetando desde financiamentos bancários até compras internacionais. Com a alta, setores como a indústria e comércio terão custos maiores, o que pode ser repassado ao consumidor final.
Segundo João Eloi Olenike, presidente do IBPT, o imposto representa um retrocesso, aumentando o peso sobre os trabalhadores sem garantir melhora na qualidade dos serviços públicos.
Projeções para 2026: mais impostos à vista
O levantamento do IBPT estima que, em 2026, os brasileiros precisarão de 153 dias para pagar tributos — um dos períodos mais longos já registrados. Entre 2017 e 2019, o tempo médio foi de cinco meses e dois dias, o mais alto da série histórica.
Debate no Congresso e resistência do setor produtivo
O Congresso Nacional avalia propostas para revisar o aumento do IOF, impulsionadas por pressão da indústria e do comércio, que alertam para impactos negativos na economia. Enquanto isso, especialistas recomendam planejamento financeiro e alternativas para reduzir despesas com operações tributadas pelo imposto.