O Banco de Brasília (BRB) encerrou o primeiro semestre de 2025 com um lucro líquido de R$ 518 milhões, alta de 461,6% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado, segundo a instituição, reflete o crescimento da base de clientes e a expansão da carteira de crédito.
No segundo trimestre, o lucro foi de R$ 280,3 milhões, impulsionado pelo aumento de 23,9% no número de clientes, que chegou a 9,6 milhões, e pelo avanço da carteira de crédito.
“O BRB apresentou um semestre de resultados sólidos, reflexo de uma estratégia consistente de crescimento, diversificação e proximidade com nossos clientes”, afirmou o presidente Paulo Henrique Costa.
Principais indicadores do 1º semestre de 2025
- Lucro líquido recorrente: R$ 518 milhões (+461,6%)
- ROAE: 21,8%
- Índice de Basileia: 13,91%
- Ativos totais: R$ 74,5 bilhões (+40,7%)
- Patrimônio líquido: R$ 4,0 bilhões (+60,1%)
- Carteira de crédito: R$ 59,4 bilhões (+59,4%)
- Captação: R$ 67,3 bilhões (+43,8%)
- Clientes: 9,6 milhões (+23,9%)
A margem financeira somou R$ 2,3 bilhões (+43,9%) e o resultado de intermediação financeira atingiu R$ 2,0 bilhões (+72,7%). O custo de captação permaneceu abaixo de 100% do CDI.
Negociação com o Banco Master
O BRB aguarda o aval do Banco Central para concluir a compra de 58% do capital do Banco Master, sendo 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais. O negócio, anunciado em março e estimado em cerca de R$ 2 bilhões, prevê que o BRB incorpore R$ 24 bilhões em ativos do Master, deixando de fora outros R$ 51,2 bilhões considerados de baixa liquidez.
O Master cresceu nos últimos anos emitindo CDBs com taxas acima da média de mercado (até 140% do CDI) e investindo em ativos como precatórios, direitos creditórios e participações em empresas em dificuldades.
Investigações em andamento
A operação ocorre sob escrutínio. Deputados do PT solicitaram à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar indícios de irregularidades na gestão do Banco Master, apontados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo a CVM, o Master investiu R$ 2,1 bilhões em empresas sem capacidade econômica para gerar retorno, o que poderia comprometer a solidez patrimonial da instituição.