A gigante norte-americana Bunge registrou lucro líquido de US$ 354 milhões (US$ 2,61 por ação) no segundo trimestre de 2025, marcando forte avanço em relação aos US$ 70 milhões (US$ 0,48 por ação) apurados no mesmo período do ano anterior.
No entanto, o lucro ajustado por ação apresentou queda, passando de US$ 1,73 para US$ 1,31 na comparação anual — ainda assim, superando a expectativa de analistas, que projetavam US$ 1,09 por ação.
O Ebit (lucro antes de juros e impostos) também evoluiu significativamente, atingindo US$ 538 milhões, frente aos US$ 185 milhões registrados um ano antes.
Receita cai, mas supera previsões
Apesar do bom desempenho nos lucros, a receita da companhia teve leve retração anual, caindo de US$ 13,24 bilhões para US$ 12,77 bilhões. Ainda assim, o número ficou acima do consenso de mercado compilado pela FactSet, que previa receita de US$ 12,24 bilhões.
Divisão de Agronegócio perde fôlego
O segmento de agronegócio gerou US$ 9,167 bilhões em vendas, uma queda de 5,1% frente ao segundo trimestre de 2024. Segundo a empresa, o desempenho mais forte em processamento na América do Sul e Ásia foi compensado por resultados mais fracos na Europa e América do Norte.
Óleos especiais sob pressão regulatória
A divisão de óleos refinados e especiais cresceu 1,8% nas vendas, chegando a US$ 3,18 bilhões ante US$ 3,12 bilhões no ano anterior. Entretanto, a companhia destacou que os resultados foram impactados pela menor demanda por energia, reflexo das incertezas regulatórias, sobretudo na América do Norte e Europa.
Moagem em leve alta
No segmento de moagem, as vendas aumentaram 2% e somaram US$ 409 milhões.